Ela foi criada por Sérgio Campos no ano de 1996/1997 e adaptada por mim...Ana Lucia . Eu também fiz algumas ilustrações que vocês vão ver!
Caso queiram reproduzir, por favor citem a fonte e o autor.
A pata Giselda e o macaco Lilo.
Parte 1
No meio da floresta, havia um lindo lago azul, de águas claras e límpidas.
Os animais da floresta, costumavam ali se banhar e quando estavam com sede, bebiam a água, que sempre estava gostosa e fresquinha!
A pata Giselda, era uma deles, que costumava nadar ali por horas e horas, enquanto os outros animais a ficavam observando...
O macaco Lilo, sempre olhava Giselda nadando e não se conformava em vê-la boiando. Na realidade, ele morria era de inveja dela, porque já havia tentado pular no lago achando que fosse fácil e quase havia morrido afogado!
Aconteceu, quando ele pulou para tentar boiar e não conseguiu. Não fosse o burrico Pepito, ter chegado à margem do lago para lhe ajudar, ele não estaria mais ali fazendo estripulias...
Lilo ficou muito assustado depois do susto que tomou quase se afogando, mas mesmo assim não desistia da ideia de entrar no lago.
Ele decidiu então, perguntar para Giselda, como ela fazia para boiar e nadar:
- Giselda, como você faz para se manter na água sem afundar? Eu tento, tento e sempre afundo! Eu queria tanto saber como é a sensação de estar deslizando no lago...
A pata, não sabia bem como nadava e disse:
- Eu aprendi com a minha mãe a Dona Pata, mas eu era tão pequena que não me lembro. Parece até que já nasci sabendo! Eu entro na água e saio nadando sem nem pensar como é que se faz; para mim é tão fácil como é para você, estar pendurado aí nesta árvore...
- Para mim, subir em árvores é muito fácil!
Esnobou Lilo.
E Giselda suspirando:
- Deve ser linda a floresta vista lá do alto! Eu também morro de vontade de subir em uma árvore!
Lilo então teve a ideia de levar Giselda ao topo de uma árvore bem alta.
Parte 3
O dia já estava indo embora, então Lilo falou para Giselda que iriam subir na árvore na manhã do dia seguinte.
Giselda nem conseguiu dormir! Pensou a noite inteira, em como seria estar lá, no alto da árvore...
O dia amanheceu e a pata correu para encontrar Lilo, gritando:
- Lilo, acorda, já amanheceu!
O macaquinho desceu de sua árvore predileta para falar com a pata e cumprir o que prometera:
- Giselda, vamos até lá no meio da floresta, porque vou escolher uma árvore bem alta, assim você poderá ver mais coisas e muito mais longe... A vista é linda, você vai adorar!
E lá se foram eles...
Chegando ao local escolhido, Lilo disse a Giselda para subir em suas costas e se agarrar, porque ele iria levá-la até o topo da árvore. E assim ele fez.
A pata ficou deslumbrada vendo todo aquele verde lá do alto. Ela não imaginava que a floresta era tão linda e imensa! Alguns animais pareciam até formigas, vistos assim. Que felicidade!
Lilo escutou a sua mãe chamando e disse a Giselda para esperar um pouco que ele iria ver o que ela queria e voltava correndo para que ela pudesse descer...
Passou o café da manhã, o almoço, o lanche da tarde... Nada de Lilo voltar!
No início, Giselda nem se deu conta da demora dele, pois estava muito ocupada observando a beleza da floresta vista lá do alto; mas a fome foi aparecendo, as pernas foram ficando cansadas e a brincadeira foi perdendo a graça.
Ela chamava por Lilo, mas nada dele aparecer. E ela ficou lá o dia inteiro, porque apesar de ser uma ave e as aves costumam voar, Giselda tinha medo de se esborrachar no chão, porque a árvore era muito alta. E o que ela sabia bem mesmo, era nadar!
O dia se foi e a noite chegou. Giselda estava com muito medo. Estava com medo até da coruja que pousou ao seu lado no galho.
A coitada da pata nem se mexia. Dormir, nem pensar! E ficou assim a noite toda até o amanhecer...
Parte 5
Finalmente amanheceu.
A coruja se foi.
Chegou um sabiá. Ele pousou ao lado de Giselda e perguntou:
- Por que você não está lá no lago, juntos com os outros patos nadando?
E ela contou a ele tudo o que se passara e do medo que sentira durante toda a noite.
O sabiá falou:
- Então é por isso que o Lilo está lá embaixo, perto do lago rindo às suas custas? Agora entendi tudo.
Giselda ficou muito triste, pois pensava que Lilo fosse seu amigo...ficou tão triste, que chorou até não poder mais.
Parte Final
O sabiá ficou com pena de Giselda e foi pedir ajuda na beira do lago. Chegando lá encontrou Lilo rindo e falou para ele:
- Lilo, você não tem vegonha de fazer isso? Giselda está com medo e não sabe descer da árvore sozinha.
Lilo então lembrou-se do dia em que quase se afogou, do medo que sentiu e de Pepito, que o havia ajudado. E ficou muito envergonhado e arrependido!
Correu até a árvore, desceu Giselda, pediu desculpas a ela e falou do seu arrependimento.
Giselda decidiu perdoar a traquinagem de Lilo e para lhe mostrar que não guardava mágoa, levou-o para o lago, colocou-o em suas costas e nadou com ele. Divertiram-se muito durante toda a manhã. Deram muitas risadas!
Lilo adorou o passeio e mais uma vez pediu desculpas à pata, só que agora, na frente de todos os animais que estavam ali bebendo água.
Todos os animais adoraram a atitude deles: da Giselda porque perdoou o amigo, e de Lilo, porque errou, mas se mostrou arrependido de verdade, por ter sentido inveja e deixado a amiga em apuros.
Eles foram muito aplaudidos por todos, e nunca mais deixaram de ser amigos!
FIM
Espero que tenham gostado da historinha. Por favor, após lerem, deixem um comentário. Beijos e até mais.